Entenda os ligamentos colaterais do joelho

A Ruptura dos ligamentos Colaterais do joelho podem ter consequências pois fazem parte dos quatro principais ligamentos do joelho, a saber: ligamento cruzado anterior, ligamento cruzado posterior, ligamento colateral medial e ligamento colateral lateral. Eles são responsáveis pela estabilidade da parte medial (lado de dentro do joelho) e da parte lateral (lado de fora) do joelho. O ligamento colateral medial (LCM) conecta o fêmur à tíbia, já o ligamento colateral lateral (LCL) conecta o fêmur à fíbula. Essas estruturas têm a função de estabilizar a parte periférica do joelho evitando o excesso de estresse nas estruturas internas (ligamentos cruzados, meniscos, cartilagem).

Ruptura dos ligamentos Colaterais

Ruptura dos ligamentos colaterais

A lesão e ruptura dos ligamentos colaterais do joelho são mais frequentes em atletas devido à maior chance de torções do joelho com estiramento e rotura do ligamento, seja por um trauma rotacional em que o joelho gira durante o entorse, seja por um trauma que estira o ligamento no sentido de suas fibras.

Sintomas da ruptura dos ligamentos colaterais

Os sintomas no quadro de lesão são de dor, inchaço e instabilidade gerando insegurança até mesmo para andar nos casos mais graves.

Diagnóstico

A maioria dos diagnósticos é feita pela avaliação clínica do ortopedista comparando o joelho lesionado com o saudável. Os exames de imagem a serem solicitados são o raio-X para avaliar uma fratura no joelho associada ou avulsão óssea e a ressonância magnética para avaliar o ponto exato onde o ligamento foi lesionado e o grau de comprometimento do mesmo, bem como diagnosticar lesões associadas de menisco, cartilagem ou outros ligamentos.

Tratamento da lesão dos ligamentos colaterais

O tratamento deve ser individualizado caso a caso, após avaliação do ortopedista. O LCM tem um potencial de cicatrização superior ao LCL, sendo mais fácil de tratar sem cirurgia. O tratamento de lesões leves e moderadas inclui a aplicação de compressas de gelo na área lesada (sempre protegendo a pele para evitar lesão térmica – “queimadura pelo gelo”) por 15 a 20 minutos de quatro a seis vezes por dia, o uso de órtese (imobilizador ou brace) para proteger o joelho, evitar movimentos arriscados, assim como não colocar o peso sobre a perna com a lesão, utilizando muletas se preciso.

A fisioterapia é indicada para amenizar o desconforto, acelerar a cicatrização e providenciar o fortalecimento muscular necessário à reabilitação. Se mesmo após todos esses cuidados a dor persistir por mais de seis semanas, o ortopedista pode optar pela infiltração para controlar o processo inflamatório. Nas lesões leves e moderadas, o paciente geralmente retorna à prática esportiva entre seis a oito semanas após início do tratamento.

Nas lesões graves ou associadas a lesões de outros ligamentos, é necessária avaliação individual quanto à necessidade de cirurgia. Apesar do LCM, mesmo nas lesões graves, ainda ter um potencial de cicatrização com o tratamento não cirúrgico, o que não ocorre com o LCL, por vezes, haverá indicação de cirurgia.

Ligamento colateral medial: lesões parciais fazer imobilização por 1 semana e proteção por mais 3 semanas; lesões completas fazer imobilização por 3 semana e proteção por mais 3 semanas.

Ligamento colateral lateral: lesões parciais fazer imobilização por 3 semana e proteção por mais 3 semanas; lesões completas tem indicação operatória.

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