Ruptura do ligamento cruzado anterior – causas e tratamentos

Uma das lesões de joelho mais comuns é a entorse com estiramento ou ruptura do ligamento cruzado anterior. Os atletas que participam de esportes de alta demanda, como futebol, handebol e basquete são mais propensos a ter ligamento cruzado anterior rompido no joelho.

Uma lesão de joelho muito comum é a entorse comestiramento ou ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA). Especialmente os atletas que participam de esportes de alta demanda, como futebol, handebol e basquete são mais propensos a este tipo de problema. A ruptura do ligamento cruzado anterior é uma lesão que pode necessitar de cirurgia para a recuperação total e estabilização do joelho. O tratamento, entretanto, vai depender de vários fatores, tais como a gravidade da lesão e o nível de atividade praticada. Cerca de metade das lesões do LCA ocorrem em conjunto com danos a outras estruturas do joelho, como cartilagem articular, meniscos ou outros ligamentos. A ruptura parcial pode ocorrer.

Vídeo sobre lesão do ligamento cruzado anterior:

Caso tenha ligamento cruzado anterior rompido, pode necessitar de cirurgia para recuperar a função total após a lesão para estabilizar o joelho. Isso vai depender de vários fatores, tais como a gravidade de sua lesão e seu nível de atividade. Cerca de metade de todas as lesões do ligamento cruzado anterior ocorrem em conjunto com danos a outras estruturas do joelho, como cartilagem articular, meniscos ou outros ligamentos. , Ruptura do ligamento cruzado anterior – causas e tratamentos, Dr. Márcio Silveira: Ortopedista Especialista em Traumatologia Esportiva, Joelho - Adulto e Infantil - e Idoso Ruptura de ligamento cruzado anterior parcial é rara. A maioria das lesões do LCA são completas.

>>> Saiba sobre a Anatomia dos ligamentos cruzados >>> >>> Ruptura do ligamento cruzado posterior >>> >>> Re-rotura do ligamento cruzado anterior >>> >>> Ruptura do ligamento cruzado em crianças >>>

Anatomia do Ligamento Cruzado Anterior

Origem e inserção A anatomia do ligamento cruzado anterior (LCA) é complexa. A origem femoral do ligamento cruzado anterior esta localizada na porção posterolateral do intercôndilo. O ligamento se dirige para frente até sua inserção tibial, anterior a espinha da tíbia. A inserção tibial ocupa uma área de aproximadamente 30mm, é bem mais resistente que a femoral. Tem ramificações para o corno anterior do menisco medial, assim como fibras que se dirigem para o corno anterior do menisco lateral. inserção - anatomia do ligamento cruzado anterior

Estrutura do ligamento cruzado anterior

Na anatomia do ligamento cruzado anterior, as bandas do LCA são constituídas de fibras de colágeno, multifasciculares e paralelas. Estão em diferentes graus de tensão conforme o grau de flexão do joelho. Com o joelho em extensão, as fibras estão paralelas; com o joelho em flexão as fibras anteriores cruzam sobre as fibras posteriores.

As fibras giram externamente no plano coronal aproximadamente 90°, se todos os ligamentos do joelho forem seccionados e deixado apenas o LCA intacto e a perna solta, esta ficaria em rotação interna de 90°. O ângulo do LCA em relação ao fêmur no plano coronal é de 28°. Estas fibras são classicamente divididas em duas bandas, a banda ântero-medial, que se origina na porção mais proximal do LCA e se insere na porção mais anteromedial da sua inserção tibial.

A banda póstero-lateral se origina mais distal em relação à origem femoral e se insere mais póstero-lateral na inserção tibial, esta banda é o componente mais curto e de maior volume do LCA. O ligamento cruzado anterior tem em media um comprimento de 38mm e uma espessura de 11mm, que varia em sua extensão, sendo maior na porção mais distal. Tem como principal função evitar a anteriorização da tíbia, mas participa também como estabilizador das rotações do joelho.

Mecanorreceptores, inervação e irrigação

Faz parte da anatomia do ligamento cruzado anterior, estruturas mecano-receptoras no interior do ligamento, como corpúsculos de Golgi, que estão alinhados com as fibras colágenas. Outros três tipos de estruturas sensitivas estão localizadas próximas aos vasos e terminações nervosas. Ocupam uma área de aproximadamente 1% do total da estrutura ligamentar.

Os sensores do ligamento cruzado anterior enviam estímulos para o cérebro dos movimentos do joelho. Ao contrário do que se pode pensar, o LCA é um tecido vivo, ou seja, possui células vivas. Portanto, ele não é simplesmente um tecido inanimado que funciona como uma corda que fixa a tíbia (osso da perna) ao fêmur (osso da coxa), dando firmeza ao joelho. Dentre as várias células que povoam o LCA, existem células muito especiais, chamadas de mecanorreceptores. Esses mecanorreceptores são para o joelho como os nossos órgãos de sentido.

, Ruptura do ligamento cruzado anterior – causas e tratamentos, Dr. Márcio Silveira: Ortopedista Especialista em Traumatologia Esportiva, Joelho - Adulto e Infantil - e Idoso

O LCA possui um sistema de sensores que auxiliam os movimentos normais do joelho. Isso é muito importante pra quem quer evitar ou já sofreu a lesão do LCA.

Como funcionam os sensores do ligamento cruzado anterior (LCA) do joelho?

Os mecanorreceptores (sensores do ligamento cruzado) são capazes de perceber os movimentos do joelho. Eles sabem, por exemplo, se o joelho está parado, ou se ele está fazendo um movimento rápido ou mais lento. Quando eles detectam os movimentos do joelho, eles informam todos esses sinais para o cérebro. Assim, o nosso cérebro consegue coordenar melhor os movimentos do joelho. Esse é o motivo do membro afetado perde massa muscular muito rápido e ter dificuldade de ganho, comparado com o contralateral.

O mais interessante disso tudo é que você pode treinar esse sistema de sensores do ligamento cruzado do seu joelho. Isso se chama treino proprioceptivo. Com treinos específicos para os movimentos do joelho, é possível melhorar a percepção dos movimentos, bem como a resposta reflexa às necessidades do joelho para cada situação (ex.: futebol, vôlei, basquete, etc).

Como ficam os sensores em quem já rompeu o LCA?

Sempre que o ligamento rompe, há perda dos sensores de movimento do joelho. Então, as pessoas que não operam tem de se adaptar sem esses sensores. Saiba mais sobre o tratamento sem operação do LCA > sensores do ligamento cruzado

Corpúsculo tendinoso de Golgi

Oórgão tendinoso de Golgioucorpúsculo tendinoso de Golgi (OTG) é um receptor sensorial proprioceptivo que está localizado dentro das fibras dos tendões e ligamentos. É uma estrutura milenal estática localizada na junção músculo-tendinosa, onde as fibras de colágeno do tendão se juntam às extremidades das fibras musculares extrafusais. O estiramento das fibras de colagénio também estira o órgão tendinoso.

Isto comprime e alonga as terminações nervosas, provocando a sua despolarização. Os órgãos tendinosos são muito sensíveis a alterações na tensão do músculo. Basicamente, o OTG inibe a contração do músculo agonista (agente do movimento) e estimula a contração do antagonista (músculo que se opõe ao agonista) quando a tensão muscular alcança níveis críticos. A esse mecanismo dá-se o nome de reflexo tendinoso.

Esse processo inibitório existe para evitar a contração excessiva do músculo, pois isso poderia gerar uma sobrecarga no tendão e resultaria em. Como o OTG força o músculo agonista a se relaxar, isso acarreta uma dificuldade maior de geração de força máxima naquele movimento.

As pessoas que fazem a cirurgia para reconstrução do LCA, após operar, uma parte desses sensores é recuperada. Com isso, a pessoa operada tem maior chance de se adaptar ao “novo joelho”. Pra melhorar essa adaptação, é importante fazer a reabilitação de forma adequada, respeitando as orientações.

A irrigação dos ligamentos cruzados é dependente da artéria genicular média, assim como da bola de gordura anterior e sua intrínseca ligação com a membrana sinovial que o envolve. A inervação provem do plexo poplíteo, que se origina principalmente do nervo tibial posterior. posição - Anatomia do Ligamento Cruzado Anterior

Biomecânica proporcionada pela anatomia do ligamento cruzado anterior

As principais funções dos ligamentos do joelho são: estabilização, controle da cinemática e prevenção dos deslocamentos e rotações anormais que podem causar lesões da superfície articular.

>>> Cinemática do joelho >>>

O LCA é um restritor primário do joelho, devido a orientação decorrente da anatomia do ligamento cruzado anterior, e sua principal função é impedir a translação anterior da tíbia em relação ao fêmur. Ele atua secundariamente na restrição da rotação tibial e em menor grau na angulação varo-valgo quando o joelho está estendido, o que não ocorre em flexão.

O LCA não possui ação na restrição da translação posterior da tíbia. Anatomia do ligamento cruzado anterior: Bandas Devido a anatomia do ligamento cruzado anterior, é dividido em duas bandas: a banda anteromedial que está tensa em flexão e a banda póstero-lateral que está tensa em extensão. São também descritas fibras que se mantém tensas em todo arco de movimento do joelho.

Estas fibras se torcem de acordo com a posição do joelho. Isto reflete no exame físico do joelho, sendo que a lesão da banda anteromedial torna positiva o teste da gaveta, e a lesão da banda póstero-lateral é evidente no teste pivot shift. O joelho apresenta seis tipos movimentos: três translações (anteroposterior, médio- lateral, céfalo-caudal), e sobre estes três eixos ocorrem três rotações (flexo-extensão, rotação interna-externa, varo-valgo), criando um movimento complexo ao joelho.

A mobilidade do joelho ocorre simultaneamente em mais de um eixo, por exemplo, a translação anterior e a rotação ocorrem conjuntamente no plano sagital e são, obrigatoriamente, associadas a rotações em outro eixo. O conceito de isometria é reconhecido como um componente fundamental na reconstrução do LCA. A banda ântero-medial apresenta maior tensão durante a flexo-extensão do joelho, devido sua origem e inserção serem mais próximas dos pontos de isometria.

Provavelmente, nenhuma fibra ou ponto específico são totalmente isométricos durante todo o arco de movimento, mas existe uma zona mais próxima da isometria que corresponde a banda ântero-medial.

lesão - anatomia do ligamento cruzado anterior

Resistência do ligamento cruzado anterior

Devido a anatomia do ligamento cruzado anterior, ele é submetido a cargas em todo arco de flexo-extensão do joelho, resistindo às forças que anteriorizam a tíbia em relação ao fêmur. Em menor grau, resiste às forças e momentos que causam rotação tibial e abdução durante a flexão do joelho.

Para isto, diferentes fibras são recrutadas conforme o joelho se move. A resistência de cada fibra no momento da lesão é diferente da resistência máxima do LCA que não deve assumir um valor fixo, pois depende das fibras solicitadas, posição dos ossos e da direção da carga aplicada. O LCA apresenta propriedade viscoelástica que o permite dissipar a energia, ajustar seu comprimento e distribuir a carga aplicada.

Alterações na viscoelasticidade podem facilitar o alongamento do enxerto. O LCA suporta carga de aproximadamente 2500N em adultos jovens. Em atividades diárias recebe carga de somente 20% do seu limite de resistência máxima. Alguns traumas podem lesar a ultra-estrutura das fibras de colágeno, enquanto o LCA permanece macroscopicamente intacto, porém as fibras de colágeno passam a suportar cargas inferiores às forças fisiológicas.

>>> Os tipos de enxertos utilizados na reconstrução do LCA >>>

Causas da ruptura do ligamento cruzado anterior

O ligamento cruzado anterior pode ser traumatizado de várias maneiras:

  • Mudar de direção rapidamente, provocando rotação externa da perna
  • Parando de repente
  • Aterrisar de um salto incorretamente
  • O contato direto ou colisão, como um choque com um adversário

Vários estudos têm mostrado que atletas do sexo feminino têm uma maior incidência de lesão do LCA do que atletas do sexo masculino em determinados esportes. Tem sido proposto que isto é devido a diferenças no condicionamento físico, força muscular e de controle neuromuscular. Outras causas sugeridas incluem diferenças na pelve e alinhamento dos membros inferiores (o joelho é valgo – para dentro), aumento da frouxidão nos ligamentos e os efeitos do estrogênio sobre as propriedades do ligamento.

>>> Conheça o treinamento para prevenção >>> >>> Saiba sobre o histórico da lesão do LCA >>>

Mecanismo de trauma da lesão do ligamento cruzado anterior

Na maioria dos casos (70-90%) a lesão do LCA, destruindo a antomia do ligamento cruzado anterior, ocorre no trauma sem contato direto: a desaceleração gerada durante a aterrissagem ou mudança brusca de direção gera uma força excêntrica pelo músculo quadríceps que provoca uma força de estiramento sobre o LCA.

No mecanismo mais comum, conhecido como “pivot shift”, ocorre estresse em VALGO com o pé fixo, joelho em semiflexão, torção com rotação externa da tíbia e rotação interna do fêmur. É considerado um tipo de subluxação em que ocorre um padrão de edema ósseo bem típico, acometendo a porção posterolateral no platô tibial e o côndilo femoral lateral. Quanto maior a flexão no momento do trauma, mais posterior será o edema femoral.

O padrão de contusão óssea é um ótimo indicador do mecanismo do trauma e ajuda na busca ativa das lesões mais frequentemente encontradas. Contudo, costuma não ser mais identificado na RM após 9 semanas do evento.

Incidência das rupturas ligamento cruzado anterior e menisco

A lesão meniscal esteve associada à lesão do LCA em 82% dos casos. A lesão isolada do menisco lateral (ML) ocorreu em 27 pacientes (16%) e do menisco medial (MM) em 55 (33%). A lesão dupla (ML + MM) ocorreu em 54 casos (33%) e 30 pacientes (18%) não apresentaram lesão meniscal. Observe a grande associado de rotura do ligamento cruzado anterior e menisco. O menisco medial é o mais lesado porque é uma estrutura menos móvel e, portanto, com menos capacidade suportar uma rotação do joelho em um entorse associado a lesão crônica do ligamento cruzado anterior. O que ocorre quando o ligamento cruzado anterior e menisco se lesionam juntos? Nestes casos, existe um aumento maior ainda da instabilidade, pois o menisco serve também como estabilizador do joelho. O ideal é sempre se tentar suturar (costurar) os meniscos.

Sintomas da ruptura do ligamento cruzado anterior

Quando você lesa o seu ligamento cruzado anterior (LCA), você pode ouvir um estalido e também sentir mudança no movimento do joelho, como se fosse “falsear”. Outros sintomas típicos incluem:

  • Dor no joelho com o inchaço. Após repouso, o inchaço e a dor podem se resolver por conta própria. No entanto, ao tentar retornar ao esporte, o joelho provavelmente estará instável e corre o risco de causar mais danos à cartilagem de amortecimento (meniscos) do joelho.
  • Perda de amplitude de movimento
  • Sensibilidade ao longo da linha articular
  • Desconforto ao caminhar

Exame médico na ruptura do ligamento cruzado anterior

Exame Físico e Histórico do Paciente

Durante sua primeira visita, o médico vai perguntar para você sobre seus sintomas e história do trauma.

Os exames de imagem

Exames que podem ajudar o seu médico a confirmar o diagnóstico de ruptura do ligamento cruzado anterior incluem: Raios-X (radiografia): Embora eles não mostrem qualquer prejuízo para o seu ligamento cruzado anterior, os raios X podem mostrar se a lesão está associada com um osso quebrado. Ressonância Magnética: Este exame cria melhores imagens de tecidos moles, como o ligamento cruzado anterior. No entanto, uma ressonância magnética geralmente pode não diagnosticar um rompimento do LCA nas primeiras 2 semanas da lesão.

ruptura do ligamento cruzado anterior
O tratamento para uma ruptura do LCA irá variar dependendo das necessidades individuais do paciente. Por exemplo, o jovem atleta envolvido em esportes de agilidade provavelmente irá necessitar de cirurgia para voltar em segurança para esportes. Os pouco ativos, geralmente indivíduos mais velhos, podem ser capazes de retornar a um estilo de vida mais calmo, sem a necessidade de cirurgia.
anatomia do ligamento cruzado anterior

Tratamento da ruptura do ligamento cruzado anterior

O tratamento para uma lesão do LCA irá variar dependendo das necessidades individuais do paciente, então vem a pergunta: Eu preciso fazer cirurgia para ligamento cruzado anterior? Por exemplo, o atleta jovem envolvido em esportes de agilidade provavelmente exigirá cirurgia para retornar com segurança aos esportes. O indivíduo menos ativo, geralmente mais velho, pode ser capaz de retornar a um estilo de vida menos ativosem cirurgia.

Tratamento conservador

O ligamento cruzado anterior rompido no joelho não vai cicatrizar sem cirurgia. Mas o tratamento conservador pode ser eficaz para pacientes idosos ou para aqueles com um nível de atividade muito baixa. Se a estabilidade global do joelho está intacta, o seu médico pode recomendar essas opções:

Órtese:
O seu médico pode recomendar uma joelheira para proteger seu joelho de instabilidade. Para proteger ainda mais seu joelho, você pode usar muletas para mantê-lo com menor descarga de peso.

Fisioterapia:
Com a redução do inchaço, um programa de reabilitação cuidadoso é iniciado. Exercícios específicos são iniciados para restaurar a função do seu joelho e fortalecer os músculos que o sustentam.

>>> Conheça o Protocolo fisioterápico >>>
>>> Lesão do ligamento colateral medial >>>
>>> Tratamento da lesão parcial do LCA >>>

Vídeo de demonstração da técnica de operação para tratamento do rompimento do ligamento cruzado anterior mantendo as fibras remanescentes (texto descrevendo os procedimentos) e imagens de radiografia pós-operatória e intra-articulares mostrando o ponto de reconstrução do LCA e o enxerto do LCA passado para reconstrução:

Tratamento Cirúrgico para Ligamento Cruzado Anterior

A ruptura do ligamento cruzado anterior não pode ser suturada (costurada) de volta. Para reparar cirurgicamente o LCA e restaurar a estabilidade do joelho, o ligamento deve ser reconstruído. O seu médico irá substituir o ligamento com um enxerto de tecido. Este enxerto atua como um andaime para um novo ligamento crescer.

A menos que a reconstrução do LCA seja um tratamento para uma lesão ligamentar combinada, geralmente não é feita imediatamente. Este atraso dá a inflamação uma chance de resolver, e permite um retorno do movimento antes da cirurgia. Realizar uma reconstrução de LCA muito cedo aumenta muito o risco de artrofibrose, ou cicatriz formando na articulação, o que poderia arriscar uma perda de movimento do joelho.

Enxertos podem ser obtidos de várias fontes. Eles podem ser retirados do tendão patelar, que corre entre a patela e a tíbia, dos tendões da parte de trás da coxa (flexores) são uma fonte comum de enxertos. Às vezes, um tendão do quadríceps, que vai da rótula na coxa, é usado. Finalmente, um enxerto de cadáver (aloenxerto) pode ser usado (nos países que possuem banco de tecidos).

Cirurgia do LCA: reconstrução do ligamento cruzado anterior

Descrição de uma cirurgia do LCA ou artroscópica para reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior. Falarei da cirurgia atualmente mais realizada, que usa os tendões flexores como enxerto na posição anatômica. O tempo da cirurgia vai depender da técnica e lesões associadas.

Conheça as indicações de tratamento operatório >
Situações para tratar sem cirurgia a lesão do LCA >
Saiba mais sobre a lesão do ligamento cruzado anterior >

Para a cirurgia de reconstrução do ligamento cruzado, o paciente é internado, emjejum de 8 horas, e encaminhado ao centro cirúrgico.

O paciente, ao chegar à sala cirúrgica, será atendido pelo anestesista . O tipo de anestesia mais utilizada nesta cirurgia é a raquianestesia, muitas vezes acrescentada de uma sedação, para tranquilizar o paciente. A sedação auxilia o paciente arelaxar e dormir durante a cirurgia, e é realizada por medicamentos introduzidos pela veia ou por via inalatória.

A seguir, posicionamos o paciente deitado na mesa cirúrgica . Colocamos um garrote pneumático (torniquete) na raiz da coxa para que não haja sangramento durante a operação . Retiramos os pêlos do joelho e da perna (tricotomia) e realizamos a assepsia do membro para iniciarmos a cirurgia propriamente dita.

enxerto para LCA

O primeiro passo da cirurgia do LCA consiste na retirada dos tendões flexores, através de uma pequena incisão na parte interna da perna, logo abaixo do joelho.

Após a retirada do enxerto pelo ortopedista, seu auxiliar deve prepará-lo, deixando-o pronto para substituir o lca. Os tendões são dobrados ao meio , formando uma novo ligamento, espesso e resistente.

cirurgia do lca

Enquanto isto, o cirurgião inicia a parte artroscópica da cirurgia do LCA, através de dois pequenos furos na frente do joelho. Coloca uma câmera dentro do joelho e pode então estudar as lesões previamente diagnosticadas . O lca é avaliado e ressecado os tecidos cicatriciais excedentes com o auxílio de pinças especiais e também de um aparelho chamado shaver, evitando retirar todo o tecido restante, para preservar células proprioceptivas. A seguir, inspeciona o restante do joelho a procura de outras lesões , como lesões do menisco e de cartilagem . Obviamente que o ortopedista deve corrigir estas lesões associadas quando presentes.

O próximo passo é a confecção dos túneis ósseos na tíbia e no fêmur. Os túneis são feitos com brocas especiais e é dentro destes ”buracos” nos ossos que o novo ligamento ficará inserido. É muito importante o correto posicionamento destes túneis para o sucesso da cirurgia.

Para terminar a cirurgia do LCA, o ortopedista coloca o enxerto dentro dos túneis e o fixa ao osso através de dispositivos especiais. Normalmente, na tíbia usamos parafusos especiais chamados parafusos de interferência. Eles podem ser metálicos ou absorvíveis. Já no fêmur existem diversos dispositivos , incluindo os mesmos parafusos da tíbia. Outros dispositivos incluem: endobutton, parafuso transverso, Rigid Fix, etc.

fixação do enxerto para LCA

Após a fixação do enxerto, o médico testa a articulação do joelho, observando se ela apresenta uma mobilidade adequada (se a flexão e a extensão estão completas) e principalmente se o joelho está estável (finalidade principal desta cirurgia). Os testes realizados antes da cirurgia (Lachman e gaveta anterior) devem ser negativos ao término da cirurgia.

Os cortes realizados são suturados com nylon e realizado curativos oclusivos. O uso de dreno cirúrgico é usual. Não pode ser utilizado nenhuma imobilização após o procedimento, pelo risco de artrofibrose.

Sobre as lesões do ligamento cruzado posterior >
Sobre as lesões dos ligamentos colaterais do joelho >
Vídeo da cirurgia de reconstrução do LCA >

Após a cirurgia do LCA

O paciente fica internado por uma noite no hospital, recebendo medicamentos analgésicos e antibióticos profiláticos. No dia seguinte, troca os curativos, orienta exercícios leves que o paciente fará em casa e o seguimento pós-operatório, fisioterapia e medidas para evitar recidiva, e é fornecido a alta.

Recuperação

A recuperação completa leva tempo, pode ser de oito meses ou mais antes que um atleta possa retornar ao esporte após a cirurgia.

Fisioterapia pra ligamento cruzado anterior, exercícios e retorno ao esporte

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Reabilitação pós operatória:

Quando o tratamento cirúrgico é indicado, o paciente precisa ser esclarecido que haverá necessidade de tratamento fisioterápico logo após e que este deverá ser realizado por meses (dependendo do protocolo adotado) até o retorno do paciente ao esporte ou às suas atividades, ou até mesmo depois disso.

Retorno ao esporte:

O retorno ao esporte dependerá de vários fatores como:

  1. Força e controle muscular
  2. Amplitude de movimento do joelho
  3. Capacidade de realizar gestual próprio do esporte a ser praticado
  4. Cicatrização do novo ligamento

Todos os parâmetros, com exceção do último, podem ser objetivamente mensurados ou controlados. Estes parâmetros são conquistados, se o paciente realizar corretamente a reabilitação pós operatória, em torno dos 6 meses pós cirurgia. É por isso, que a maioria dos protocolos de reabilitação permitem o retorno ao esporte em 6 meses. Porém a cicatrização completa do novo ligamento ocorre depois deste prazo e o paciente deve ter consciência desse fato, já que o retorno precoce pode colocar a cirurgia em risco.

Objetivos das fases de reabilitação

  • FASE 1:

Proteger o enxerto, controlar a inflamação, extensão e flexão bilateral total superior a 90-100 graus, obter padrão de marcha normal;

  • FASE 2:

Restaurar marcha normal, manter a extensão completa e melhora progressiva da flexão, proteger enxerto, controle de edema;

  • FASE 3:

Manter amplitude total do movimento, melhorar a resistência, força e propriocepção, proteger o enxerto;

  • FASE 4:

Fortalecimento muscular, controle neuromuscular em atividades funcionais;

  • FASE 5:

Regresso ao atletismo, manter a força muscular, resistência e propriocepção, regresso progressivo ao esporte de “pivot”, como o futebol e outros esportes de contato.

Existe concordância na literatura sobre os princípios gerais da reabilitação pós-cirúrgica da lesão do LCA, com relação ao controle de edema, melhora de amplitude articular, ganho de força, propriocepção, capacidade funcional, treino do gesto esportivo e treino do condicionamento. Apesar disso, existe divergência de quais exercícios físicos devem ser prescritos e quando.

Durante muito tempo os exercícios de CCF (Cadeia Cinética Fechada) foram priorizados no pós-operatório da reconstrução do LCA, recentemente estudos tem demonstrado que exercícios de CCA (Cadeia Cinética Aberta) também possuem sua importância nesse processo, devendo ser inseridos a partir da 6 (sexta) semana do programa. Logo, compreende-se atualmente que a combinação desses dois tipos de cadeias é a melhor escolha na reabilitação do LCA.

Dentre os exercício as CCF, fortalecedores de quadríceps, glúteos e tríceps sural, pode-se utilizar o Leg Press com variação de pés, altos ou baixos, estreitos ou largos dependendo da porção muscular a ser fortalecida. Agachamentos em combinação com a flexão de tronco parecem ser menos nocivos ao ligamento, devendo fazer parte da reabilitação. Utilizar a barra frontalmente ao corpo e apoios bilaterais são escolhas mais seguras de exercícios.

Enquanto aos exercícios de CCA, no trabalho de posteriores de coxa não foi encontrado nenhuma contra indicação, podendo ser utilizado tanto exercícios em cadeiras, quanto mesas flexoras. Para fortalecimento de quadríceps, a cadeira extensora pode ser utilizada em níveis angulares acima de 45o de flexão, sem observar sobrecarga ao neoligamento, a partir do 45o dia de reabilitação.

Nesse período da reabilitação a utilização de atividades funcionais e de propriocepção como caminhadas, corridas com mudança de direção, uso de escadas de circuito, pranchas de equilíbrio, balancinhas e entre outras, são de extrema importância, pois preparam para os gestos utilizados no dia a dia bem como recuperam habilidades físicas como agilidade, velocidade, confiança e melhora do tempo de reação, fundamentais para o retorno ao exercício e/ou esporte.

Prevenção de lesão de Ligamento Cruzado Anterior

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As lesões do LCA ocorrem geralmente após entorses do joelho durante a prática de atividade física. Durante este movimento, o fêmur e a tíbia “rodam” em direções opostas, torcendo as fibras do LCA, causando a ruptura de sua continuidade e consequente perda funcional.

Através do treinamento funcional é possível prevenir esta lesão, trabalhando principalmente as capacidades neuromusculares e proprioceptivas.

No treinamento fisioterápico com nosso protocolo exclusivo utilizamos 4 estratégias para a prevenção, após a avaliação computadorizada da marcha, que são elas:

Aquecimento Ativo:

O aquecimento deve desenvolver força em perna unilateral, flexibilidade dinâmica e aumento da propriocepção.

Estabilidade e Força excêntrica:

Trabalhar muito os movimentos unilaterais, principalmente saltos, que devem ser feitos frontal e lateralmente. Devemos desenvolver a força excêntrica, pois esta capacita a pessoa para aterrissar corretamente, absorvendo o impacto de forma gradual, sem sobrecarregar uma articulação.

Força:

Nesta estratégia se trabalha exclusivamente a força unilateral, principalmente através de agachamentos unilaterais, utilizando o peso do próprio corpo, e sempre com exercícios funcionais. Na corrida sempre se usa uma perna só de cada vez no solo, ou seja, trabalhando essa dinâmica o aluno aprende a fazer a força somente com uma das pernas de cada vez, mantendo o equilíbrio corporal.

Mudança de direção:

O momento em que mais ocorrem as lesões são nas fases de travagem e desaceleração do movimento. Por isso, o trabalho ensina o aluno a mudar de direção para que ele consiga mudar o mais rápido possível, sem que ocorra alguma lesão.

Algo muito importante: a propriocepção.

Fazemos isso tanto em solo, quanto com a utilização de plataformas instáveis, para que o aluno aprenda a controlar o seu centro de gravidade em uma perna só.

Com isso concluímos e vemos a importância do treinamento adequado, e como ele consegue ajudar e melhorar a qualidade esportiva, pois além de dar uma maior capacidade de praticar seu esporte, ele também pode ajudar a evitar um dos grandes medos de quem é ativo: uma grave lesão.

Perguntas frequentes

Como saber se o LCA está rompido?2023-06-11T00:08:31-03:00
No momento que a lesão do LCA ocorre, ela pode apresentar os seguintes sinais e sintomas:
  1. Ouvir um estalo alto no joelho.
  2. Dor intensa e aguda com incapacidade para continuar a atividade.
  3. Edema no joelho, que piora após algumas horas do episódio.
  4. Uma sensação de instabilidade ou “falseio” no joelho.
Como tratar ruptura do ligamento cruzado anterior?2023-06-11T00:07:56-03:00

Na rotura do ligamento cruzado anterior, o tratamento pode ser efetuado através de cirurgia (reconstrução do ligamento) ou fisioterapia. No jovem, principalmente atleta com altas exigências físicas, a reconstrução do ligamento é mandatória.

O que acontece quando se rompe o ligamento cruzando anterior do joelho?2023-06-11T00:07:21-03:00

Uma lesão de LCA leva ao inchaço da articulação com sangue. Raros a lesão é asstintomática. A maior parte dos pacientes tem a sensação de dor e edema – inchaço. Pode haver falseio e insegurança especialmente quando tentam mudar de direção. O joelho pode dar a impressão de deslizar.

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2024-01-28T12:04:00-03:00
Dr. Márcio R. B. Silveira, formado em 2006 pela faculdade federal de medicina da Universidade de Brasília (UnB), com especialização, no ano de 2009, em Traumatologia e Ortopedia pela residência da SES / DF, com subespecialização, no ano de 2012, em cirurgia do joelho e trauma esportivo em Belo Horizonte / MG, acompanhando os médicos do Cruzeiro Esporte Clube nos hospitais Maria Amélia Lins, Lifecenter, Belo Horizonte, Belvedere e João XXIII. Médico ortopedista especialista em Traumatologia com foco em Esportiva (ombro, quadril, tornozelo, pé, cotovelo), Cirurgia do Joelho, Adulto e Infantil, e Ortopedia do Idoso em Brasília / DF.

20 Comentários

  1. Nathan Lucas 15:09nder

    O meu rompeu o LCA , parcial
    Precisa de cirurgia?

  2. drmarciosilveira 15:38nder

    Oi Nathan, existem vários graus de ruptura parcial. Maior de 50% da substância do ligamento, já provoca instabilidade. Contudo, a instabilidade é avaliada pelo exame clínico, então tem de marcar uma consulta para ter essa avaliação. Não tendo instabilidade do joelho, não precisa operar.

    Agora, em geral, as rupturas parciais não demandam tratamento cirúrgico, o que deve ser feito é um fortalecimento muscular de quadríceps e quadril.

  3. Nathan Lucas 15:23nder

    O meu joelho já saiu do lugar muitas vezes
    Está com cisto de Baker tbm 2,0 cm
    Academia seria uma boa ?
    Onde vejo o quanto por cento que rompeu ?
    Já fiz a ressonância
    Obrigado pela primeira resposta

  4. Nathan Lucas 15:38nder

    Mais ele saia do lugar porque jogava bola com ele Machucado no mais ele nunca saiu fácil
    Tô precisando muito de uma consulta com ortopedista
    Já estou com encaminhamento fui ao médico na minha cidade e ele pediu
    Aqui não tem ortopedista , como faço pra marca uma consulta com você ?
    Já solicitei na sua página com você , que pesquisei você , por lá dá certo ?
    Faz 6 mês que machuquei
    Você e particular ou público?

  5. drmarciosilveira 16:18nder

    Então nesse caso tem indicação cirúrgica. Não costumam colocar porcentagem, colocam se tem muita ou pouca substância do ligamento atingida.
    Meus consultórios aqui.

  6. Nathan Lucas 17:47nder

    Dr Márcio em média
    Quanto tempo eu posso voltar a jogar bola
    Sem fazer a cirurgia
    ?

  7. drmarciosilveira 19:57nder

    Nathan, caso o joelho esteja instável, não pode retornar para o futebol, senão vai piorar a lesão. Tem de fazer o tratamento operatório primeiro. Caso não esteja instável, fazendo a fisioterapia e usando as medicações, pode retornar em torno de 90 dias.

  8. Sabrina Costa 22:27nder

    Eu tive Rotura completa no LCA.
    Precisarei de cirurgia?
    E quanto tempo leva o repouso total se eu fizer a cirugia?

  9. drmarciosilveira 18:48nder

    Sabrina, em pacientes jovens é preconizado o tratamento operatório, pois existem muitas demandas do dia a dia que podem levar a novas entorses de joelho, como cuidar dos filhos, andar em locais irregulares, esportes de contato etc. A falta do ligamento cruzado anterior provoca instabilidade rotacional e anterior para o joelho. Agora, fazendo musculação, usando joelheira em situações de risco, como andar em local irregular, evitar esportes de contato ou que tenham rotação sobre o joelho, pode sim, conviver com a lesão sem o tratamento cirúrgico.

    Em caso de cirurgia, o repouso sem pisar é por duas semanas, ae já começa a caminhar. Musculação no 3 mês. Retorno para esportes ou situações de risco para estresse rotacional ao joelho com 8 meses.

    • Rodrigo 14:32nder

      Parabéns ao Dr. Márcio Silveira pelo artigo e pelas respostas simples e objetivas.

  10. Rodrigo 00:46nder

    Boa noite, sofri essa lesão no início de 2017 até o momento aguardo cirurgia pelo sus. O senhor poderia mr informar em que faixa de preço é uma cirurgia desse porte em hospital particular? No meu caso foi rompimento total do ligamento cruzado anterior e rompimento parcial do menisco. Desde já agradeço a informação

  11. drmarciosilveira 14:24nder

    Olá Rodrigo, os preços sofrem variações com o tempo, atualmente, está em torno de R$11000 – 12000,00 reais, podendo dividir no cartão.

  12. Adriano Roberto da Silva 23:08nder

    Estou com ruptura parcial do LCA e bastante instabilidade
    Tbm ruptura parcial de menisco.
    Preciso fazer cirurgia?

  13. drmarciosilveira 08:31nder

    Oi Adriano, existem os níveis de ruptura parcial do LCA, em geral, quando mais de 50% da substância, geram instabilidade e tem de ser operado. Então, a questão é a instabilidade. É interessante fazer uma fisioterapia e reforço muscular do membro inferior, e avaliar o quanto estabiliza o joelho. Permanecendo instável, tem de operar. Sendo necessário a cirurgia, não é retirado o remanescente do ligamento, pois tem células receptoras, é feito um aumento (augmentation) por cirurgia artroscópica (popularmente conhecida como “à laser”). Em relação ao menisco, não existe rotura parcial, a rotura é a lesão grau 3, que tem tamanhos, tipos e localizações diferentes, existindo diferentes tratamentos.

  14. Jefferson pezão 20:36nder

    Minha filha rompeu o LCA,estou peregrinando a rede pública sem sucesso,já fiz a ressonância com contraste;essa lesão pode piorar com o tempo?

  15. drmarciosilveira 21:15nder

    Jefferson, você não falou a idade da sua filha, mas acredito que seja nova, mas também não tão nova. A partir dos 12 anos já é preconizado o tratamento operatório, pois não tem como limitar demais as atividades esportivas, além da instabilidade do joelho ocorrer em atividades de vida diária. A lesão não piora com o tempo, pois a ruptura do ligamento já ocorreu. Contudo, a instabilidade recorrente provoca outras lesões na cartilagem do joelho e nos meniscos, que podem ser irreversíveis, acarretando em quadro de dor e incapacidade no futuro. Não precisa de RM com contraste para isso, a sem contraste é suficiente. Leia aqui as respostas para as principais perguntas sobre lesão do ligamento cruzado anterior: https://especialistaemjoelhodf.com.br/lesao-do-ligamento-cruzado-anterior-lca-do-joelho/

  16. Rhômulo 15:51nder

    Dr Márcio,
    Já fiz Ressonância Magnética. Ruptura extensa do neoligamento cruzado anterior, segmento médio proximal, comprometendo cerca de 60% a 75% sua espessura.
    Lesão do canto posterolateral, com peduena ruptura parcial na transição miotendínea do popliteo e ligamento arqueado.
    Estiramento discreto colateral medial.
    Ruptura extensa do neoligmento cruzado anterior, com sinais indiretos de insuficiencia enxerto.
    Fui três vez medico ortopedia. dois medico falou vai ser cirurgia, outro medico não precisa opera disse pelo teste fisico q ele fez o rompimento e de 50% então na opinião dele não seria necessario a realização da cirurgia. O trartamento seria com medição e acadêmica para fortalecimento do músculo. E ele estaria fazendo acompanhamento.

    Precisa de cirurgia ou não

  17. drmarciosilveira 08:01nder

    Rhômulo, primeiro qual a sua sensação? Você já rompeu anteriormente, sente seu joelho frouxo, com falseios? Segundo, qual a sua expectativa para atividades físicas? Quer praticar esportes de grupo (futebol, vôlei, artes marciais) ou atividades com instabilidade sobre o joelho (trilhas, ciclismo de aventura, montanhismo)? Porquê caso não queira mais praticar esses esportes e não sente instabilidade no joelho, pode ficar só na musculação, natação e ciclismo de pista. Agora, avaliando o livro, mais de 50% de lesão do LCA traz instabilidade, mesmo que subclínica, que predispõe a uma sobrecarga sobre os meniscos e a cartilagem do joelho, sendo indicado um reforço do ligamento (augmentation), especialmente em pacientes abaixo de 40 anos.

  18. Rhômulo 10:59nder

    Fiz três meses de academia fortalecimento e não sinto dor. Ando normalmente mas não consigo dobrar o joelho em 90 graus doi muito. As vezes tomo Alginac 50 mg quando sinto dor.

  19. drmarciosilveira 15:25nder

    Rhômulo, nesse caso, pensar em lesão de menisco. Precisa de uma nova avaliação médica, e, como já falei, apresentando limitações importantes e sintomas álgicos, acaba reforçando o tratamento operatório.

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opo